quarta-feira, 2 de março de 2011

PSOL lança Giannazi à presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo





No dia 03 de março (nesta quinta-feira), ato na ALESP dá início ao debate pela sucessão na direção e marca a candidatura da Oposição crítica da Casa


A bancada do PSOL na Assembleia Legislativa anunciou o lançamento da candidatura do deputado Carlos Giannazi à presidência da ALESP, cuja eleição da Mesa Diretora da Casa ocorrerá no próximo dia 15 de março, no mesmo momento em que acontece a posse dos 94 deputados eleitos e reeleitos em outubro de 2010.

Com uma atuação parlamentar pautada pela independência diante das diretrizes surgidas no centro do poder político enraizado no estado de São Paulo, Giannazi argumenta que a ALESP está esvaziada e desmoralizada do ponto de vista político. “O Poder Legislativo paulista não legisla, não fiscaliza e não representa a população nos seus interesses mais importantes. Não passa de um apêndice, um anexo, uma extensão do Palácio dos Bandeirantes (sede do governo do estado) que apenas homologa, de forma obediente, as sua decisões, “disse ele, acrescentando que, por exemplo, nenhuma CPI que investigue as denúncias de diversas irregularidades do governo é aprovada pelos seus pares. “Temos apenas em funcionamento CPIs que não investigam os atos do governo, como as folclóricas e irr elevantes CPI da Gorjeta e CPI da TV por Assinatura, dentre outras”.

A candidatura de Carlos Giannazi coloca em xeque os acordos feitos por todos os partidos para lotearem e dividirem entre si os cargos da Mesa Diretora. O PSOL é o único que não aceita esse consórcio de partidos.

A democracia, que é representada pela autonomia política entre os 3 Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), está manca em São Paulo, pois o Legislativo está ‘de joelhos’ para o Executivo, que constrói a sua maioria parlamentar por meio das velhas e execráveis práticas políticas como o loteamento de cargos, o compadrio, o clientelismo e o fisiologismo. Na outra ponta, o Judiciário é refém do orçamento, controlado pelo Executivo.

Segundo o parlamentar, a passividade e a submissão dos deputados da base governista têm deixado mais de 4 mil projetos e 500 vetos de parlamentares estacionados, sem serem votados.

Os deputados estaduais do PSOL e os cidadãos paulistas defendem (e precisam de) uma Assembleia Legislativa combativa e independente, que faça jus aos mais de R$ 680 milhões que consome anualmente do erário público e represente de fato os interesses e necessidades dos mais de 41 milhões de habitantes do estado, e não os do agronegócio, das empreiteiras, das concessionárias de pedágios e demais vantagens econômicas de grupos empresariais.

Serviço:

O ato de lançamento será no próximo dia 3 de março (quinta-feira), às 16 horas, no plenário José Bonifácio da ALESP, e contará com a presença de Plinio de Arruda Sampaio, parlamentares e militantes do PSOL.

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